A carta abaixo, assinada pelo Vereador Leonel Brizola Neto, endereçada à jornalista Hildegard Angel, do Jornal do Brasil, agradece as palavras de Hilde, sobre as assertivas de Leonel Brizola, quanto à necessidade de haver um efetivo controle das fronteiras brasileiras, pelas nossas forças armadas, e pela Polícia Federal, para coibir a entrada de armamentos e de drogas nos limites territoriais, seja do Brasil, seja do Estado do Rio de Janeiro. À época, as palavras de Brizola foram contestadas pela mídia, e pelo atual (des)governador Sérgio Cabral, o responsável pelo genocídio dos jovens negros e pobres, e pelo assassinato de pessoas de todas as idades, moradores das favelas e comunidades mais pobres do estado, através da pena de morte, “quase” oficial no seu (desgoverno).Certamente, se os 506 CIEPs construídos por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, estivessem com seu pleno funcionamento preservado, segundo o modelo ideal de escola integral e integrada, pois as dependências escolares eram usadas durante todo o dia, e a noite abrigavam cursos de alfabetização, e de educação de adultos, além das quadras esportivas, gabinetes médicos e odontológicos, serem partilhadas pela comunidade do entorno, certamente, reafirmo, nossos jovens teriam direito ao estabelecido na Constituição Brasileira. O modelo de escola, idealizado pelo Prof. Anísio Teixeira, e amplamente desenvolvido no Rio de Janeiro, sofreu as maiores críticas de partidos de esquerda, que agora apóiam a política de extermínio, e não de educação, deste (des)governante. Quantas escolas foram construídas após os CIEPs? Em respeito e solidariedade a Leonel Brizola, apoiamos a carta do Vereador da Cidade do Rio de Janeiro, e a publicamos em nosso blog, para que mais pessoas possam conhecê-la. Saudações quilombolas e brizolistas,
Edialeda Salgado do Nascimento
Cara Hilde,
Fiquei comovido com sua nota de ontem, lembrando a perseguição que meu avô, Leonel Brizola, sofreu por suas posições avançadas para a época, especialmente nas área de Segurança e Educação.Quando foi governador, Brizola alertou, juntamente com seu vice, Nilo Batista, que o Rio não produzia drogas (naquela época), muito menos armamentos, e que a Polícia Federal tinha obrigação de vigiar as fronteiras, pois a ineficiência na esfera federal trazia um grande problema de segurança pública para o Rio de Janeiro.A falta de ética profissional de certos setores da imprensa, mencionada corretamente por você, ainda persiste, pois é um absurdo que não haja um mea culpa, uma autocrítica, uma referência sequer a este fato, tão comentado na ocasião, e que agora é constatado pelo Secretário Beltrame, que não pode ser “acusado” de ser Brizolista.A falta de ética persiste também quando os mesmos órgãos de imprensa que se dizem democráticos gastam páginas e páginas exaltando a Educação Integral de outros países, sem citar uma única vez o projeto original e avançado dos CIEPs, idealizados pelo grande professor Darcy Ribeiro e por meu avô, com a colaboração arquitetônica genial de Oscar Niemeyer. A missão dos CIEPs era resgatar os excluídos, em especial, as crianças e jovens, tornando-os cidadãos plenos, com saúde, cultura e auto-estima. Brizola compreendeu que era a escola que tinha que ir para a periferia, e não o contrário. Esperançoso com a mudança que surgiria a partir daí, meu avô dizia: “cada CIEP que se abre é uma cadeia que se fecha”. E Darcy, visionário, afirmava: “precisamos fazer isso agora, senão, daqui há 20 anos vamos ter medo de criança !”.
Por isso, Hilde, agradeço a sua citação oportuna, para não deixar cair no esquecimento o fato de que se não fosse a campanha preconceituosa e contínua contra qualquer política ou manifestação pública feitas por meu avô Leonel Brizola, poderíamos ter evitado que a situação chegasse ao ponto que chegou. Enquanto faziam de Brizola o “bode expiatório” de todos os males, os “senhores das armas e das guerras” prosperavam à vontade com o crescente tráfico de armas através de nossas fronteiras. Mas a memória é uma arma pacífica, e a única eficaz contra a repetição dos erros e injustiças. Não podemos esquecer os tantos que lutaram verdadeiramente pela democracia neste país, entre os quais se incluem Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, sua mãe Zuzu Angel e seu irmão Stuart Edgar Angel Jones.
Cordialmente,
Por isso, Hilde, agradeço a sua citação oportuna, para não deixar cair no esquecimento o fato de que se não fosse a campanha preconceituosa e contínua contra qualquer política ou manifestação pública feitas por meu avô Leonel Brizola, poderíamos ter evitado que a situação chegasse ao ponto que chegou. Enquanto faziam de Brizola o “bode expiatório” de todos os males, os “senhores das armas e das guerras” prosperavam à vontade com o crescente tráfico de armas através de nossas fronteiras. Mas a memória é uma arma pacífica, e a única eficaz contra a repetição dos erros e injustiças. Não podemos esquecer os tantos que lutaram verdadeiramente pela democracia neste país, entre os quais se incluem Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, sua mãe Zuzu Angel e seu irmão Stuart Edgar Angel Jones.
Cordialmente,
Leonel Brizola Neto
Vereador PDT-RJ