quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

 JORGE DA SILVA: UM LEGADO DA COMUNIDADE NEGRA BRASILEIRA, POR SANDRO CORREIA E IVALDO PAIXÃO


O pós doutor em ciências sociais, antropólogo, professor universitário, advogado, cientista político, ativista dos direitos humanos, ex-secretário de governo no estado do Rio de Janeiro coronel da reserva PM-RJ Jorge da Silva faleceu nesse 15 de dezembro de 2020 aos 78 anos deixando um grande legado para toda a sociedade brasileira, em especial, aos que lutam pelos direitos humanos.

            A sua história foi marcada, dentre outras causas, pelo combate ao racismo e defesa das ditas “minorias” publicando vários artigos, como também livros, dentre eles posso citar:“Violência e Racismo no Rio de Janeiro”, Direitos Civis e Relações Raciais no Brasil, 120 Anos de Abolição, Guia de Luta Contra a Intolerância Religiosa e o Racismo

            No ensino superior foi professor e coordenador do curso de Segurança Pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF) foi docente do curso de mestrado em Direito e professor-pesquisador da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.

            Essa brilhante trajetória, contribuição intelectual e política vinda de um cidadão negro em um país como o Brasil, é uma vitória, de um jovem guerreiro nascido e criado no complexo de favelas do Morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro que ingressou na polícia militar do estado do Rio de Janeiro aos 17 anos e alcançou o cargo máximo dessa corporação como seu Chefe geral do estado maior.

            Jorge da Silva ocupou vários cargos de relevância como, diretor-presidente do Instituto de Segurança Pública do Governo do Estado do Rio (ISP) e Secretário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro entre 2000 e 2002.

            A sua contribuição foi fundamental para o entendimento da relação entre direitos humanos, população negra, violência e segurança pública com participações em congressos e seminários, no Brasil e no exterior.

            Toda a sua experiência à frente de organizações políticas e órgãos públicos lhe fez acumular um conjunto de conhecimentos que o credenciaram como uma autoridade não só acadêmica em razão dos títulos, mas também de referância por seu compromisso com a ética e dignidade humana.

            O agora saudoso coronel Jorge da Silva se juntou a nomes da grandeza e estirpe de Edialeda Salgado Nascimento, senador Abdias do Nascimento, coronel Nazareth Cerqueira, deputado Carlos Alberto Caó, Lélia Gonzalez, e demais guerreiros (as) de uma geração de afro-brasileiros que pensaram, lutaram e dedicaram suas vidas por um Brasil com justiça, igualdade racial e social.

            Jorge da Silva vive!

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Sandro Correia - Professor universitário. Foi secretário de Reparação de Salvador. Foi um dos idealizadores do curso oferecido pela FLB-AP “Políticas de Igualdade Racial”. Membro da direção da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT.

Ivaldo Paixão - Capitão de Longo Curso. Foi Diretor da Fundação Cultural Palmares- Ministério da Cultura e um dos idealizadores do curso oferecido pela FLB-AP “Políticas de Igualdade Racial”. Presidente da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT.

         

quarta-feira, 9 de setembro de 2020


André Figueiredo Propõe Divisão Proporcional Do Financiamento Eleitoral Entre Negros E Brancos

O líder da oposição na Câmara, deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), apresentou o Projeto de Lei 4398/20, que atualiza aplicação, distribuição de recursos e tempo de propaganda eleitoral – populações negras de ambos os sexos serão contempladas proporcionalmente com a população branca.

A proposta vai atualizar a aplicação dos recursos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FECP) e da distribuição da propaganda eleitoral no rádio e na televisão por sexo, proporcionalmente entre as candidaturas de população negra e branca.

De acordo com André Figueiredo visa acompanhar a inovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que aprovou por 6 votos a 1 o financiamento proporcional a candidatos negros e brancos a partir de 2022.

Pelo do parlamentar, a aplicação dos recursos do Fundo Partidário, do FECP e da distribuição da propaganda eleitoral no rádio e na televisão devem respeitar o percentual mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas por sexo, repartidos proporcionalmente entre as candidaturas de população negra e branca.

Como um dos vice-presidentes do PDT Nacional, André Figueiredo destaca que a defesa do incentivo às candidaturas negras sempre foi uma bandeira levantada pelo partido. “Esta proporcionalidade nos recursos encoraja ainda mais a população negra aos mandatos. Precisamos nos unir para fortalecer o combate aos infelizes episódios de intolerância que ainda são vividos em todo o Brasil”, diz André.


Foto: PDT na Câmara


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Representatividade Das Mulheres Em Destaque Na Live Do Movimento Negro

25 de julho. Simbolismo de luta a partir dos dias nacionais da Mulher Negra e de Tereza de Benguela, a líder do Quilombo de Quariterê, território que, atualmente, corresponde ao Vale do Guaporé, no estado do Mato Grosso. Internacionalmente, é marcado pelo Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Para exaltar o momento e suas representantes, a Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT promoverá, neste sábado (25) a live “Delas!”, a partir das 16h, na sua página oficial no Facebook.

O debate virtual terá as participações da secretária-geral do Movimento, Flávia Lima, das presidentes do movimento em Pernambuco, Mato Grosso do Sul e na capital paulista, Nega do Babado, Mestra Léa e Neudes Carvalho, respectivamente, bem como da vice-presidente do movimento no Amapá, Danniela Ramos, e da ex-secretária de Promoção Racial do Distrito Federal, Josefina Serra.

Homenagem

A organização pedetista promoverá, durante o ato, uma homenagem à militante Maria Soares, também conhecida por “Dona Santinha”, que completou 96 anos. Ativista social e ex-secretária nacional do Movimento Negro, a enfermeira mineira tem uma trajetória na defesa de direitos vinculados não somente à pauta racial, mas também de gênero.

Incentivadora do desenvolvimento educacional e econômico para as camadas populares, serve de inspiração por manter intensa sua disposição para acumular conhecimento. Aos 65 anos, após sua aposentadoria, concluiu o curso de direito, sua segunda graduação.

Na política, participou do movimento sindical e, em 1989, contribuiu para a criação da Frente Negra em apoio à candidatura de Leonel Brizola a presidente da República. E, aos 72 anos, concluiu sua segunda graduação.

Acesse e participe: facebook.com/snmnpdt.